sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Análise aos Grandes

     Joga-se hoje o FCPorto-SLBenfica, o primeiro grande teste entre dois candidatos e parece que o equilibrio será evidente durante o jogo, ao contrário da última época que terminou com 5-0. O Porto sem Hulk perde muita força ofensiva, como se viu contra o Feirense, e as muitas alterações no meio campo que o treinador tem vindo a fazer faz com que a equipa não ganhe rotinas entre jogadores e João Moutinho tem vindo a perder qualidade de jogo devido a tantas alterações. No entanto a maior lacuna que este Porto apresenta é claramente a não substituição de Falcão por outro jogador de destaque internacional, já que Kléber parece estar algo verde para assumir a liderança ofensiva da equipa e neste momento precisava de estar no banco e ir entrando aos poucos.
    Depois de alguns bons jogos do FCPorto, o jogo do Feirense veio revelar algumas fragilidades e por vezes falta de concentração dos jogadores perante um cenário de dificuldade não esperado, e a derrota esteve mesmo perto de acontecer. Alguns jogadores mostraram que não têm qualidade para jogar no FCPorto como Fucile, e outros ainda estão longe do que mostraram antes, como Varela. Neste jogo o segredo vai estar em quem conseguir marcar primeiro, e caso seja o Benfica a ficar em vantagem o Porto não me parece com condições de conseguir dar a volta ao jogo, principalmente por falta de soluções no banco de suplentes.

    O Benfica chega ao Dragão moralizado por entrar com os mesmos pontos, e caso consiga o empate fica tudo na mesma, logo a pressão não existe como em anos anteriores. Apesar de não ter feito grandes exibições, contra V.Guimarães e Académica, conseguiu ganhar os dois jogos em casa e ganhou confiança e equilibrio na equipa a nível emocional. Os defesas têm jogado sempre os mesmos, logo as rotinas estão claramente assumidas e com algumas exibições que demonstraram segurança, principalmente com a ajuda de Javi no meio. A grande diferença é Witsel que se tornou a chave para a equipa ficar equilibrada, à frente e atrás, e parece-me que quando se libertar mais e ganhar confiança para arriscar no ataque

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Ricardo Carvalho


        A surpresa da noticia de Ricardo Carvalho abandonar o estágio da Seleção de Portugal de uma forma inesperada e repentina deixou-me a pensar que alguma má noticia pessoal seria o motivo do abandono. Mais tarde Ricardo Carvalho escreveu um comunicado a justificar a sua saída do hotel por motivos de falta de respeito por parte do seleccionador para com ele por fazê-lo sentir-se a mais no seio do grupo.
       Este tipo de situação é inacreditável, algo para além de uma pequena frustação ou zanga existiu para este tipo de atitude acontecer, ou então já chegou a um ponto de saturação e esgotamento que não lhe permite estar de alma e coração na seleção portuguesa e a ser assim devia ter feito como Simão, Tiago e Paulo Ferreira e sair com dignidade.
       Qualquer jogador deve sentir orgulho por ser convocado e quando já não sente vontade de ser chamado e já vai à seleção por obrigação então o melhor é dar o lugar a outros.
      Não acho mal nem anormal um jogador sentir-se frustado por não ser titular e ter que ir para o banco, acho mal o jogador querer exigir a sua titularidade e passar por cima de colegas de profissão como são Bruno Alves e Pepe e abandonar o grupo antes de um jogo muito importante. Esta atitude revelou uma falta de humildade, desrespeito pelos colegas, desrespeito pelo selecionador e desrespeito pelos portugueses.
       Ricardo Carvalho foi arrogante e prepotente com esta atitude, perdendo qualquer razão se é que a tinha para se sentir a mais, por isso algo vai mal na cabeça do jogador.
       Espero que a equipa não fique perturbada e desconcentrada quando o jogo começar em Chipre, e que a vitória seja para levar ao europeu quem deseja sofrer por Portugal seja no banco ou na bancada.
       Quem vai ter de analisar este episódio mas em outro contexto vai ser José Mourinho, pois Ricardo Carvalho tem como colegas de equipa Cristiano Ronaldo, Fábio Coentrão e Pepe, que podem não ter gostado da atitude do defesa central, e ver se o jogador se encontra em boas condições psicológicas para aguentar a pressão que vai ter de suportar daqui para a frente.
       Este tipo de atitude é o reflexo da sociedade em que nos estamos a transformar, em que os alunos não respeitam os professores nas salas de aula, a falta de respeito pelos policias, a falta de respeito pelo ambiente, .........., e da falta de valores e não gostar de receber e obedecer a ordens superiores.
     
    Não acho nada normal o que se passou, e os colegas de equipa e amigos deviam procurar falar e tentar perceber se está tudo bem na vida pessoal de R.Carvalho, e este devia fazer uma análise da sua atitude e falar com os portugueses, porque uma carta pode ser escrita por qualquer um.

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

FCPorto perde Supertaça Europeia

       O Barcelona ganhou 2-0 ao FCPorto no Monaco num relvado em péssimas condições que dificultou o jogo bonito dos espanhóis. Uma vitória anunciada devido à elevada boa forma da equipa de Guardiola, no entanto o Porto adiou ao máximo a derrota e conseguiu em alguns momento equilibrar o jogo.


      O FCPorto entrou em campo como uma equipa pequena entra no Dragão, preocupou-se mais em não deixar jogar o Barcelona do que em fazer o seu jogo, e como acontece às equipas pequenas o erro acaba sempre por aparecer devido à preocupação principal de não o cometer. Parece um loucura mas é verdade, os jogadores com a preocupação de não deixar jogar, de não cometer nenhuma falha e faltas perigosas, acabam por sentir demasiada pressão à sua volta e acontece o que nunca se viu Guarín fazer um atraso para trás e golo de Messi. E assim ficou desmontada a táctica, e a perder ao intervalo com um golo oferecido pelo pequeno ao grande. E como em todos os jogos entre grandes e pequenos o árbitro acaba sempre por favorecer o grande e não marcou um penalty a favor do FCPorto contra o Barcelona quando estava 1-0, o que acabou por enervar os jogadores e terminar com 9 em campo, tal e qual um jogo de grande e pequeno.
    
     Vamos ver como vai ser o FCPorto desta nova fase com saídas e entradas de novos jogadores, será que o onze do Porto vai sofrer muitas alterações nos próximos jogos, eu penso que sim, e a possível chegada de um ponta de lança parece ser urgente.

Sporting sem tranquilidade

       O Sporting começou mal o campeonato, com dois empates e uma derrota, e fracas exibições e muita intranquilidade visivel no treinador Domingos.
       Quando se perdem as referências numa equipa, e se decide fazer uma equipa totalmente nova e com um treinador novo, sabe-se à partida que os resultados podem não aparecer logo e deve-se criar um clima de tranquilidade em face de possíveis resultados negativos. Depois de uma pré-época a correr dentro do esperado, com o anúncio dos reforços bastante cedo e com a formação do plantel a ser rápidamente elaborada, pensava-se que o tempo de trabalho inicial ia fazer uma equipa forte e equilibrada.
       Eu disse sempre que  a defesa era muito fraca, e os reforços para a defesa não foram os ideais para quem quer ganhar, e o mais importante era ganhar o primeiro jogo do campeonato, por ser o primeiro e por ser em Alvalade, para dar estabilidade, confiança e evitar as discussões e palpites de comentadores na imprensa. No entanto um empate com o Olhanense com alguma polémica à mistura, colocou a equipa intranquila para o segundo jogo, que foi em Aveiro num clima de acesa discussão devido ao árbitro recusar dirigir o encontro. Domingos não conseguiu preparar o jogo em silêncio e a equipa entrou mal e também com alguma falta de sorte acabou em 0-0.
      Mas é nesta situações que as grandes equipas reagem positivamente e não se amedrontam face aos imprevistos, aqui se nota a falta de alguém que consiga ser uma referência dentro do campo, uma voz de união e comando para os novos jogadores que chegaram.
     Outro ponto que se percebe neste Sporting são as dúvidas e a confusão táctica de Domingos, ou não conhece ainda bem os jogadores ou não organizou da melhor forma a equipa para os jogos a sério. E este pânico que Domingos está a sentir ao perceber que o Campeonato iniciou e ele ainda não sabe qual a melhor equipa para colocar, foi passando para os jogadores que também andam meios perdidos dentro do campo e viu-se no último jogo como não conseguiram ser uma equipa para ganhar ao Maritimo e perderam por 2-3 no último minuto.
     Este Sporting que elogiei por ter conseguido organizar o plantel a tempo e horas, afinal não serviu de nada pois face a um empate no primeiro jogo toda a estrutura ficou a tremer até cair na última derrota.


Elias
Insua
     As contratações terminam hoje e o Sporting desesperado por ter apenas dois pontos em três jogos, contratou Insua, argentino, ex Liverpool para a defesa, Elias, brasileiro, ex At.Madrid para o apoio aos avançados e vendeu Djaló ao Nice e Postiga ao Saragoça, e emprestou ainda Turan ao Beira-Mar.

                                                 

    Não se percebe como só nos últimos dias decidiu vender dois avançados e comprar mais alguns reforços, a instabilidade e falta de confiança levam a estas decisões em cima da hora. Acho que dificilmente o Sporting vai a tempo de lutar pelo título, ainda estamos no começo mas a equipa não está formada e cheia de pressão para vencer.
    Outra coisa que não entendo são os assobios e a impaciência com jogadores da casa como Djaló, que vai para França e que podia e devia ser um dos melhores do Sporting. Já com Nani se passou o mesmo, assobios e discussão, e agora brilha no Manchester United.
   O Sporting devia ser um exemplo de formação e ter na equipa uma base dessa formação, no entanto a chegada de 16 jogadores estrangeiros este ano é bem capaz de estragar essa linha que deu bons jogadores e os resultados não devem ser muito diferentes.

    Como adepto de futebol gosto de ver aparecer novos talentos saídos da formação e um ou outro reforço estrangeiro de valor para dar vida ao nosso campeonato. Mas quando chega um autocarro com 16 novos estrangeiros, e os portugueses são dispensados como foi Salomão e outros nem chegam a entrar na equações do plantel, fico a pensar que quem decide não gosta de futebol mas apenas dos negócios do futebol e de ir ao Shopping comprar novos jogadores, sem saber se os vai utilizar. É como ter em casa 10 pares de sapatilhas e 0 botas para a chuva, entrar numa sapataria para comprar as botas e sair de lá com mais umas novas sapatilhas para mais um dia de Inverno rigoroso.
    Quem não aposta na formação, com as condições e qualidade que o Sporting tem, não gosta de futebol e só tenho pena que Domingos não tenha tido uma atitude mais para os de dentro e menos para o que vem de fora, principalmente quando diz que 5 dos novos reforços são ainda muito novos e são apenas um investimento na formação a longo prazo, não faz sentido porque formação já faz o Sporting na Academia.

    A minha previsão vai ser um Sporting de altos e baixos até perceber que este não é o caminho a seguir.





domingo, 21 de agosto de 2011

MUNDIAL SUB20

    

 Só agora depois de finalizar o Campeonato do Mundo Sub20 na Colômbia decidi escrever sobre a equipa portuguesa, que chegou à final e perdeu 3-2 frente ao Brasil no prolongamento.
      É muito bom termos de volta os jovens portugueses às fases finais dos campeonatos, algo que já não acontecia a algum tempo talvez desde que Scolari chegou a Portugal e apostou só na selecção A e esqueceu de preparar as futuras gerações. Os meus parabéns a quem conseguiu preparar e organizar estes novos jogadores para conseguirem chegar até aqui lutando contra a indiferença da maioria dos agentes desportivos em Portugal e até da televisão que só depois da fase de grupos começou a dar os jogos em directo.
     Esta equipa portuguesa de sub20 deve ser tratada da mesma forma como foi a de 1991, só faltou mesmo a taça, porque jogar na Colômbia é muito diferente de jogar em Portugal, e na minha opinião fomos superiores ao Brasil em muitos momentos do jogo e estivemos mais perto de vencer do que em 1991.
    Portugal apresentou-se na Colômbia com grande realismo, os pés bem assentes no chão, sem vaidade e com o trabalho de casa bem feito, pena só o local do campeonato que foi deixando marcas nos jogadores a nível físico. Em 2004 todos criticavam a forma de jogar da Grécia, com uma defesa forte e na procura de defender os golos marcados, no entanto foram campeões europeus porque foram unidos e competentes, quer se goste ou não. Esta equipa sem grandes talentos individuais, mas com muita força, determinação, união e com objectivos bem definidos só não ficou com a taça por pura falta de sorte e frescura física, e tal como a Grécia em 2004 mostrou que o colectivo faz milagres, quem fala na Grécia pode muito bem referir as selecções da Itália que sempre ganhou com colectivos e defesas fortíssimos. Portugal teve uma defesa forte, um meio campo também muito forte e um lutador na frente, faltou só em alguns momentos um jogador que pude-se fazer um golo num livre ou num remate de fora da área.
     Quando se assume uma forma de jogar, e os jogadores sabem o que se pretende os resultados acabam por surgir, e mesmo depois de um péssimo jogo contra a Guatemala conseguiram ultrapassar Argentina e França que eram favoritas a ganhar a final.
    Esta final contra o Brasil, Portugal não teve muita posse de bola o que é normal num jogo frente aos brasileiros mas teve na minha opinião as melhores oportunidades para marcar e Caetano merecia o golo naquela fuga fantástica aos duros centrais brasileiros no prolongamento. Pena também Mika não estar numa noite brilhante e acabou por ter uma falha no terceiro golo, um erro que não merecia, e que vai conseguir ultrapassar no futuro.
    O momento do jogo foi mesmo a saída por lesão de Cédric, que acabou por alterar o posicionamento da equipa em campo e permitir alguns desiquilíbrios fatais, e originou o 2-2.
    Para mim foi melhor esta final do que a que ganhamos em 1991 nos penalties, num jogo em que fomos sempre inferiores ao Brasil e só não perdemos por pura sorte e porque jogávamos num estádio da Luz completamente lotado de portugueses, e aí tinhamos jogadores como Figo, Rui Costa, Jorge Costa, Peixe, ...., e não marcamos nenhum golo nos 120min. Agora marcámos 2 golos, jogámos em condições fisicamente desfavoráveis e conseguimos lutar de igual contra um Brasil que teve sorte em todos os golos.
     Parabéns e espero que as oportunidades sejam já na Liga Principal.

sábado, 20 de agosto de 2011

2ª Jornada

       Começou ontem a segunda jornada com um FCPorto 3 Gil Vicente 1, um jogo bastante interessante que assisti principalmente pela qualidade e risco assumido dos Gilistas no Dragão, pena que um melhor árbitro não estivesse presente.
      Todos os intervenientes sabem da importância de ganhar os primeiros jogos do campeonato, primeiro porque transmite segurança à equipa, depois porque não existe discussão dos adeptos e comunicação social, permite também ganhar vantagem pontual caso os adversários percam pontos, retira pressão e dá tempo para organizar e equilibrar melhor a equipa.
      O Porto ontem foi claramente empurrado para a vitória, num jogo em que estava em dificuldades e na pior exibição que vi nos últimos anos. O Gil Vicente como equipa que acaba de subir, com apenas 3 novos jogadores no onze, e apenas Laionel com experiência de Primeira Liga, entrou no Dragão para ganhar e com vontade para arriscar e atrapalhar a vida dos portistas. Conseguiu marcar cedo num penalty indiscutível e em que o árbitro não cumpriu as leis do jogo ao não mostrar o vermelho a Otamendi. Como adepto de futebol cada vez mais fico revoltado com estas injustiças que se fazem ás equipas pequenas nos jogos com os grandes em Portugal, principalmente com decisões intencionais para beneficiar, como foi o caso.
     Um árbitro que mostra cartão amarelo em vez de vermelho quando um jogador vai sózinho e é rasteirado não é um erro, não deu o vermelho porque era um jogador do FCPorto e caso fosse ao contrário de certeza que mostrava vermelho aos Gilistas. Estas decisões é que deviam ser explicadas e responsabilizadas pela Liga de Clubes, porque um fora de jogo mal assinalado é um erro devido à dificuldade por vezes em analisar tal jogadas, mas a opção de não querer cumprir uma lei que é dar vermelho quando um jogador está sózinho em frente ao guarda-redes não é erro mas sim o querer beneficiar uma equipa que era o FCPorto.
     Nestes jogos é que se ganham campeonatos, porque quem perde pontos em casa contra equipas teóricamente mais fracas dificilmente consegue acabar em primeiro, e o FCPorto já tem duas grandes penalidades que na minha opinião se fossem contra não eram assinaladas, e que deram a volta a dois jogos que estavam claramente a correr mal aos portistas, e já têm 6 pontos que podiam neste momento ser 2.
    Voltando ao jogo de ontem o Gil Vicente merece o destaque deste inicio de campeonato, conseguiu empatar com o SLBenfica depois de estar a perde por 0-2, e agora no Dragão fez um boa exibição com poucos recursos, e foi pena o árbitro prejudicar com a não expulsão de otamendi, o penalty a pedido de Hulk, e o excesso de cartões aos jogadores de Barcelos. Gostava também de referir o fraco comentário ao jogo na televisão, em que apenas se fez a análise ao jogo do FCPorto e muito raramente ao Gil Vicente, e o protecionismo aos jogadores do Porto que cada vez que se atiravam para o chão os comentadores diziam que era falta e até penalty como foi no mergulho do Varela, que caíu por estar em fracas condições fisicas.
     Em relação a estas análises durante os jogos devia-se ter mais cuidado e rigor, porque muitos adeptos e até dirigentes recorrem ao que foi dito durante o jogo para depois poderem atacar o árbitro ou defender-se de um alegado favorecimento, e o exemplo melhor é este jogo em que um penalty mal assinalado sobre Hulk e outro quase ganho por Varela em que os comentadores afirmaram que eram os dois falta originem que a verdade e a realidade sejam ultrapassadas.

    O Benfica conseguiu a primeira vitória 3-1 ao Feirense na Luz, com golos de Nolito, Cardozo e Bruno César. Um jogo em que o Benfica entrou mais uma vez muito bem, com boas oportunidades, mas a conseguir só um golo, e um Feirense na primeira parte com algumas dificuldades em controlar e parar o ataque dos encarnados. No entanto o Benfica ainda não tem uma equipa equilibrada, e vai perdendo força ao longo do jogo, entra muito bem mas depois não consegue manter a equipa unida. O Feirense depois de conseguir aguentar o ataque do Benfica, começou a ter mais espaço para jogar e atacar, o que lhes deu bastante confiança e os libertou para uma boa exibição, tal e qual o Gil Vicente no Dragão. Conseguiu empatar, colocou pressão nos jogadores do Benfica e nunca tentou segurar o empate mas sim tentou ganhar o jogo, e só um jogador com a força de Maxi Pereira conseguiu virar o jogo para 2-1 numa altura que o Feirense jogava melhor. No entanto tenho de referir que o Feirense podia e devia ter chegado ao 2-2 não fosse o árbitro não ter marcado um penalty contra o Benfica por empurrão de Javi a um avançado do Feirense, é o problema dos grandes contra os pequenos, no Dragão Hulk caíu foi penalty e aqui num empurrão nas costas quando o jogador vai em corrida não se marca e ainda vê cartão amarelo.
     Muitos comentadores desportivos dizem que as equipas pequenas jogam muito è defesa em casa dos grandes, mas não dizem que se elas jogarem para ganhar são sempre prejudicadas ou quase sempre, então só tem de analisar os jogos de forma imparcial e se querem mais ousadia dos chamados pequenos também temos de os defender quando são prejudicados.
    Tenho de referir que analiso só jogadas objectivas e nunca os fora de jogo, porque os fora de jogo são muito dificeis de ajuízar e depois porque existem muitos durante os jogos, neste Benfica-Feirense Saviola ia para a baliza sózinho mas foi mal assinalado o fora de jogo, no entanto em Barcelos Nolito marcou golo num fora de jogo, estas situações não acho grave acontecerem, mas sim as faltas e cartões objectivamente marcados ou não.
     Gostei do Feirense na Luz, mas parece-me uma equipa ainda muito frágil para jogos com equipas que lutem pelos mesmos objectivos e que vão jogar mais fechadas, na Luz devido ao espaço dado pelo Benfica e pouca pressão conseguiram fazer um bom jogo.
    Do Benfica fala-se muito em Nolito, mas é daqueles jogadores pouco constantes durante os 90 minutos, entra sempre muito bem mas depois perde força e desaparece do jogo, e repete sempre o mesmo movimento de tentar entrar para dentro para rematar à baliza, e os adversários já estão a conhecer e a anular este tipo de jogada, precisa melhorar muitos aspectos e ganhar mais velocidade no um contra um. Um problema que Jorge Jesus tem tido é o de formar um meio campo compacto, nestes últimos jogos tem tido bons movimentos e jogadas ofensivas mas tem dado muitos espaços, pouca pressão e com Javi muito próximo dos centrais, e os golos que tem sofrido são origem no excesso de liberdade para os adversários pensarem e executarem as jogadas.
    O meio campo vai ter de ser melhor preenchido, Javi não pode jogar sózinho, precisa de Witsel para fazer melhor a ligação de sectores, Nolito tem de defender mais ou pode acabar no banco, e Gaitán devia ser uma alternativa a Aimar e ter alguém no lado direito, e esse jogador era Salvio que o Benfica não comprou por ser caro e por estar lesionado, mas já jogou contra o V.Guimarães. Por vezes mais vale gastar dinheiro num jogador que já se conhece e se sabe que é útil, do que comprar 4 que depois vão embora, e Enzo Perez não parece para já ser um jogador capaz de esquecer ou ser útil como Salvio era. Jorge Jesus começa a ter alguns jogadores em más condições fisicas devido aos jogos seguidos que tem tido, no entanto o plantel é bastante grande e não parece ser uma justificação válida para o insucesso.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Últimas Contratações

         Nestas últimas semanas intensificam-se os movimentos no mercado, mesmo com o campeonato a avançar para a segunda jornada e com as competições europeias pelo meio.
        O Benfica anda a arrumar a casa e a libertar alguns jogadores em excesso ou jogadores mal contratados em épocas anteriores. Conseguiu uma parceria com o Granada de Espanha e já emprestou Carlos Martins, Júlio César e conseguiu ainda libertar-se de Jorge Ribeiro, no entanto ainda tenta enviar para Granada o Yebda e fala-se de Jara. Conseguiu a venda de Roberto ao Zaragoza por 8,6 milhões, negócios que deviam ser melhor explicados, principalmente ao público que gosta de futebol mas que pouco entende de transações bancárias, e de onde chegam os milhões???, porque o Zaragoza está em dificuldades financeiras.
        O Benfica conseguiu ainda a desvinculação com Balboa que foi para o Beira Mar e Freddy Adu que regressou aos EUA, emprestou Oblak, André Almeida e Shaffer ao U.Leiria, Nuno Coelho ao Beira Mar, e Roderick ao Servette, no entanto ainda estão em dúvida Fábio Faria, David Simão e Rodrigo Mora.
      Muitos jogadores, muitas contratações erradas e excesso de ordenados para jogadores que não ficam na Luz.
      Um exemplo que não percebi foi colocar Franco Jara na primeira jornada a titular durante 90 minutos e na semana seguinte dispensar o jogador ao que tudo indica para o Granada de Espanha. Um jogador que parte para a segunda época seguida, faz a pré-época, e só depois da primeira jornada se decide em dispensar sinceramente não entendo. Jara é um jogador que nunca se adaptou à forma da equipa jogar, e que percebi que nunca ia ter grande sucesso na Luz, foi uma má contratação mas que devia ter sido emprestado a uma equipa portuguesa como aconteceu com outros, e nunca deixar arrastar o jogador até à desvalorização.

     O FCPorto como já referi começou agora a fazer os verdadeiros negócios e a emprestar os excedentários, só acho que Castro tinha e merecia um lugar no plantel. Espera-se com alguma surpresa o substituto de Falcão e se vão sair mais alguns titulares como Moutinho, Rolando, Fernando ou Álvaro Pereira.

    O Sporting comprou bem cedo, mas para a defesa ainda é capaz de chegar algum jogador. Na minha opinião Nuno Reis o capitão da selecção de sub20 podia ser uma boa opção para o plantel, já que mostrou que tem melhores qualidades do que muitos estrangeiros que chegaram este ano.

    O Sp Braga continua a contratar, chegaram nos últimos dias 4 jogadores e todos estrangeiros, e está a tentar vender Pizzi e Lima de forma a rentabilizar alguns activos. Percebe-se que a equipa na defesa já está segura, no entanto no ataque as dificuldades são enormes e originou que em casa contra os suíços não consegui-se marcar um golo. Muitas indefinições para uma equipa que quer lutar com os 3 grandes, e também já começou a ganhar os maus hábitos de comprar jogadores em excesso para depois ter que emprestar.

    Nas restantes equipas de salientar as que jogaram para a Liga Europa, para além de Sporting e Braga, nenhuma conseguiu marcar qualquer golo, tendo 3 jogos acabado com 0-0. Contrata-se muitos jogadores todas as épocas e não se preparam as equipas para ganhar e arriscar mais, cada vez mais em Portugal joga-se para não perder, e se possível marcar um e depois defender.

    Como adepto espero melhor qualidade nos jogos principalmente nos entre equipas de menor dimensão, já que os grandes podem e devem apresentar sempre boa qualidade.