quinta-feira, 14 de julho de 2011

Começaram os Primeiros Testes

       Começaram os primeiros jogos de pré-época, e como é normal os primeiro jogos só servem para fazer experiências, e raramente ficam na memória dos adeptos.
       O Sporting foi o primeiro a arrumar a casa em termos de plantel, faltando mais um ou outro jogador para fechar completamente, e esta boa organização está a dar e vai dar ao Domingos uma boa estabilidade de trabalho e de orientar a equipa. Parece-me que o Sporting tem tudo para entrar tranquilo no campeonato, e com uma base sólida que lhe permita começar a ganhar para adquirir a confiança como equipa.

       O Benfica já regressou da Suíça, já apresentou mais um jogador (Witsel), mas continua com muitas dúvidas no plantel e principalmente na defesa.


       Desde que comecei a escrever aqui, que venho repetindo a má politica na contratação de jogadores no Benfica e a dificuldade que Jorge Jesus está a ter para definir a equipa para a próxima época. O Benfica não pode contratar todos os jogadores que acha interessantes, nem pode entrar em negociações demoradas, e acima de tudo devia já ter contratado um defesa esquerdo antes de vender Coentrão.
      O trabalho desenvolvido para planificar a nova época, no meu entender parece-se como um aluno que estuda em véspera do exame e quando dá conta que o dia de exame é já amanhã entra num estado de stress e ansiedade que leva sempre ao insucesso. Devia em primeiro lugar definir de forma concreta quem transitava para a nova época e evitar especulações diárias de saídas, como Luisão, Cardozo, Peixoto, Roberto, Saviola, Aimar, Maxi. Depois as contratações deviam ter em conta os jogadores que já pertencem ao clube para determinadas posições, como Urreta, David Simão, Nélson O., e não contratar para posições já preenchidas, levando depois ao excesso e dispensas. Outro ponto a ter em atenção é sempre a defesa, uma equipa nunca pode começar com a defesa indefinida, mesmo tendo Maxi, Luisão e Garay na Copa América, porque para começar a trabalhar é preciso solidez na parte inicial do jogo que é a defesa, porque nunca se começa a jogar pelo ataque. Aqui o Benfica começou muito mal, tendo como objectivo inicial o jogo da Liga dos Campeões, Wass ainda agora chegou, Jardel não me parece jogador para um grande, Roderick vai ao Mundial sub20, defesa esquerdo não há, e só resta Miguel Vítor ou a adaptação de Javi para central.
       Muitas dúvidas para quem quer ganhar tudo, e ainda pior com tantos jogadores novos que precisavam de estabilidade para uma rápida adaptação. Parece-me que Nolito vai ser a grande contratação, David Simão e Urreta podem e devem ser boas apostas, Matic e Witsel muito bons para dar capacidade de jogo a meio campo, nas laterais muitas opções e Gaitan parece-me um futuro número 10 o que vai fazer com que Aimar e Bruno César não joguem muito.
       
      O FCPorto aproveitando o desnorte para os lados da Luz, aproveitou para se lançar na contratação de possíveis reforços do Benfica (Danilo e Alex Sandro) e provocar mais algum ruído e instabilidade na equipa de Jesus. Uma estratégia para enfraquecer e deixar para trás um concorrente directo mesmo antes do campeonato começar.
      Pinto da Costa como é costume nunca se deixa enfraquecer e sair derrotado, e muito menos deixar passar a imagem de uma estrutura abalada por alguma situação menos conseguida. A saída de Villas Boas foi comentada esta semana de forma curiosa pelo Presidente, que veio dizer que não foi o FCPorto que não teve capacidade para o segurar mas sim o treinador que não teve capacidade para aguentar a pressão de continuar no FCPorto devido às comparações com Mourinho. Uma análise que não faz sentido, porque Villas Boas foi para o Chelsea, onde inevitavelmente irá ser comparado com Mourinho, devido ao igual trajecto, e ter como obrigação e pressão de ganhar tudo.


       Pinto da Costa retira assim pressão aos seus jogadores e equipa técnica, dizendo-lhes que a base das vitórias passadas não foi o Villas Boas mas sim a estrutura do clube, e que podem estar tranquilos quanto ao futuro e vão ganhar novamente. Uma forma de liderança perfeita, com a força de um campeão, que permite de forma eficaz o trabalho tranquilo dos seus jogadores e lhes disse claramente que não existem insubstituíveis (apenas Hulk) e que o FCPorto será sempre forte.

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